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A Associação Agroecológica TIJUPÁ foi fundada em janeiro de 1990, a partir da desvinculação da equipe do projeto Projeto de Tecnologias Alternativas (PTA) que teve origem na Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE) - que era abrigado na Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos (SMDDH), no final da década de 80. O nome TIJUPÁ é uma homenagem aos camponenses, sendo uma palavra de origem Tupi usada para batizar uma cabana menor que a oca, que é feita de madeira e palha, construída no meio ou nas laterias dos roçados e das áreas de extrativismo para guardar alimentos, fazer refeições, guardar os instrumentos de trabalho, servir de abrigo para todo o período a coleita ou da catação de frutos. A princípio, a TIJUPÁ tinha dois eixos de intervenção: um técnico - promover a melhoria dos sistemas produtivos tradicionais da agricultura familiar através do resgate e difusão de tecnologias alternativas de inspiração agroecológica; e outro político - fortalecimento da capacidade de intervenção e autonomia política de camponenses(as) e suas organizações na intervenção em políticas públicas, especialmente na luta pela Reforma Agrária e Meio Ambiente equilibrado. Em sua primeira fase a TIJUPÁ, em parceria com as agência ecumênicas européias EZE (posteriormente EED) e ICCO, atuou na Região da Baixada Maranhense. A partir de 1996, a TIJUPÁ passou por um processo de reestruturação programática e redefinição de sua área de atuação para a Microrregião de Rosário. A principal estratégia de intervenção da TIJUPÁ neste período foi à realização de diagnósticos e formulação de Planos de Desenvolvimento Agroecológico Municipais (PDAMs) de Rosário e Presidente Juscelino. Em seu Programa de Desenvolvimento Agroecológico a TIJUPÁ intensificou os serviços de ATER em comunidades rurais para o fortalecimento e ampliação de experiências agroecológicas. O Programa de Políticas Públicas era focado nas políticas agrícolas, agrárias e ambientais, além da participação em Redes e Fóruns. Destaque para o período que do FÓRUM CARAJÁS e a criação da RAMA, sendo a secretaria executiva da primeira e integrando a coordenação da segunda, além da participação em importantes instâncias de políticas públicas estaduais (Como conselho Estadual de Meio Ambiente). O Programa de Fortalecimento Institucional era focado na formação dos funcionários(as), fortalecimento das organizações parceiras e no programa de rádio O Homem e a Terra. No período do Plano Trienal 2002-2005, a TIJUPÁ re-situou seu papel como organização estratégica na promoção da Agroecologia na sua intervenção local e na articulação e incidência em políticas. O Programa de Desenvolvimento Agroecológico privilegiou a implantação de unidades demonstrativas e experimentais e a formação de multiplicadores/as em agroecologia. No Programa de Políticas Públicas, a TIJUPÁ investiu na sua efetiva política no campo agroecológico, com destaque para construção do I Encontro Nacional de Agroecologia - ENA. Em 2004 a TIJUPÁ assina convênio com o INCRA para a prestação de serviços de ATER em assentamentos da região de intervenção criando dois escritórios locais: Morros e Rosário. Durante a execução do Plano Trienal de Atividades 2005-2008 ocorreu a assinatura de novo Convênio de ATES assinado com o INCRA o que possibilitou a TIJUPÁ maior difusão das inovações agroecológicas, praticamente triplicando o público parceiro. No campo da intervenção em políticas públicas a entidade foi eleita para a coordenação da ANA Amazônia e teve participação ativa no GT Financiamento da ANA. Ocorreu também a sua inserção na dinâmica de desenvolvimento territorial ampliando seu leque de relações no Território Lençóis Maranhenses/Munim e trazendo à tona a necessidade do enfrentamento ao modelo de desenvolvimento vigente o que rebate na discussão sobre as estruturas e práticas da reforma agrária em vigor no Maranhão e na colocação da agroecologia e economia solidária como elementos essenciais para a transformação da realidade rural, e no avanço de um processo de desenvolvimento efetivamente consistente e com sustentabilidade. Em relação ao período do Plano Trienal de Atividades 2008-2011, a TIJUPÁ investiu ainda nas articulações do campo agroecológico, passando a compor a Coordenação Nacional da ANA e participando ativamente do NuEx da articulação enquanto representação da Amazônia. Diante da intensificação do debate em torno da disputa por concepções e estratégias de desenvolvimento - forte avanço da disseminação de “pacotes” convencionais, avanços dos Grandes Projetos e violação de direitos humanos - a agroecologia ganhou importância ainda mais estratégica no âmbito institucional, se colocando como alternativa ao modelo de desenvolvimento modelo proposto para a região. Com a criação do Programa de Economia Solidária a TIJUPÁ investiu no fortalecimento dos grupos produtivos que se tornaram referência importante no processo de formação e engajamento de novas famílias no desenvolvimento das inovações agroecológicas. A inserção política no campo da Economia Solidária deu maior consistência política às ações desenvolvidas nas áreas da comercialização e autogestão dos grupos produtivos parceiros. A criação do Programa Mulher e Agroecologia gerou impactos altamente positivos na afirmação institucional do trabalho com o público feminino, com destaque para o apoio aos grupos de mulheres. No período foi assinado novo Convénio com o INCRA dando continuidade ao trabalho de ATER para os assentados/as da Reforma Agrária. No momento atual, o Programa Agroecologia investiu fortemente na continuidade nas ações produtivas que já estavam em curso tornando-se referência importante no processo de formação e engajamento de novas famílias no desenvolvimento das inovações agroecológicas. No Programa de Economia Solidária houve grande intensificação do processo de feiras com a consolidação do Circuito de Feiras Agroecológicas do Munim - formado pelas feiras municipais em Morros, Presidente Juscelino, Rosário e Cachoeira Grande (sendo que as duas primeiras são mensais) - e que vem obtendo bons resultados. Por outro lado, iniciaram-se atividades periódicas de Feiras deste público em São Luis, capital do Estado, que vem aumentando seu público a cada edição. Além disso as famílias parceiras intensificaram a sua inserção nos mercados institucionais, acessando o PNAE. No que tange ao Programa de Políticas Públicas destaca-se a participação da TIJUPÁ, articulada com a ANA, em iniciativas no âmbito da PNAPO. Destacou-se também a luta pela manutenção e ampliação de direitos das populações tradicionais frente ao avanço do agronegócio e mineração além da luta pela implantação de assentamentos federais na linha dos assentamentos ambientalmente sustentáveis, em especial os PAEs (Projetos Assentamento Agroextrativistas). Em 2012 a TIJUPÁ assinou contrato com o INCRA para continuação das ações de ATER nos assentamentos Federais ampliando sua ação para 08 assentamentos com 1.516 famílias sendo beneficiadas e que foi até 2017. A TIJUPÁ também acompanha as comunidades rurais, assessorando-as em conflitos e defendendo seus direitos, atuando desde a questão dos búfalos da baixada, mineração e expansão do agronegócio no sul do Estado e Baixo Parnaíba na década de 90 até os conflitos recentes envolvendo empreendimentos de infraestrutura portuária como no caso da Comunidade do Cajueiro, base espacial de Alcântara e a implantações dos linhões de energia no Baixo Munim. HISTÓRICO
TRABALHO
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